A Universidade Federal de Viçosa (UFV) promoverá, no próximo ano, uma série de seminários cujo objetivo é debater grandes temas contemporâneos e envolver, nesse debate, toda a comunidade universitária. “A idéia é apresentar e debater questões que afetam nossa realidade e que podem servir como plataforma de mudanças sociais, filosóficas e políticas em um mundo que se transforma em grande velocidade”, afirmou o professor Luiz Cláudio Costa, Reitor da UFV. Segundo ele, o fato de a UFV sediar debates dessa amplitude servirá como um resgate do papel da Universidade quanto a discutir grandes temas mundiais e que repercutirão, mais cedo ou mais tarde, no cotidiano de todos nós. “Estamos trazendo para dentro da Instituição as grandes tendências mundiais e contribuindo, dessa forma, para a ampliação da visão contemporânea, tão necessária para fortalecer o espírito inovador e, por isso, inquieto, que deve nortear nossa UFV”, destacou o Reitor Luiz Cláudio Costa.
O primeiro seminário acontecerá em março de 2009 e trará o doutor em sociologia do direito, o português Boaventura de Sousa Santos, coordenador do Fórum Social Mundial. Doutor em sociologia do direito pela Universidade de Yale e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, é, também, diretor do Centro de Estudos Sociais e do Centro de Documentação 25 de Abril da mesma universidade. É atualmente, um dos principais intelectuais da área de ciências sociais, com mérito internacionalmente reconhecido, tendo ganho especial popularidade no Brasil, principalmente, depois de ter participado nas três edições do Fórum Social Mundial em Porto Alegre.
Seus escritos dedicam-se ao desenvolvimento de uma Sociologia das Emergências, que segundo ele procuraria valorizar as mais variadas gamas de experiências humanas, contrapondo-se a uma "Sociologia das Ausências", responsável pelo desperdício da experiência - como exposto em seus livros Renovar a Teoria Crítica e Reinventar a Emancipação Social, que apresentam idéias elaboradas anteriormente em Um Discurso sobre as ciências. A herança contratualista é bem marcada em suas obras e seus textos se remetem à organização de contratos sociais que sejam verdadeiramente capazes de representar valores universais.
Uma de suas preocupações é aproximar a ciência do "senso comum" com vista a ampliar o acesso ao conhecimento. Por isso, é acusado por alguns sociólogos ortodoxos de integrar o campo dos que capitularam a uma espécie de demagogia sociológica, como Jacques Rancière, Luc Boltanski e outros. Como afirma em Um discurso sobre as ciências, a ciência pós-moderna deve voltar-se ao senso comum e inclusive tornar-se senso comum - decorrente dessa afirmação as divergências dos diferentes cientistas. Defensor da ideia de que movimentos sociais e cívicos fortes são essenciais ao controle democrático da sociedade e ao estabelecimento de formas de democracia participativa, foi inspirador e sócio fundador em 1996 da Associação Cívica Pro Urbe (Coimbra).
Sua trajetória recente é marcada pela proximidade com os movimentos organizadores e participantes do Fórum Social Mundial e pela participação na coordenação de uma obra coletiva de pesquisa denominada "Reinventar a Emancipação Social: Para Novos Manifestos".
Fonte: Site da UFV
O primeiro seminário acontecerá em março de 2009 e trará o doutor em sociologia do direito, o português Boaventura de Sousa Santos, coordenador do Fórum Social Mundial. Doutor em sociologia do direito pela Universidade de Yale e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, é, também, diretor do Centro de Estudos Sociais e do Centro de Documentação 25 de Abril da mesma universidade. É atualmente, um dos principais intelectuais da área de ciências sociais, com mérito internacionalmente reconhecido, tendo ganho especial popularidade no Brasil, principalmente, depois de ter participado nas três edições do Fórum Social Mundial em Porto Alegre.
Seus escritos dedicam-se ao desenvolvimento de uma Sociologia das Emergências, que segundo ele procuraria valorizar as mais variadas gamas de experiências humanas, contrapondo-se a uma "Sociologia das Ausências", responsável pelo desperdício da experiência - como exposto em seus livros Renovar a Teoria Crítica e Reinventar a Emancipação Social, que apresentam idéias elaboradas anteriormente em Um Discurso sobre as ciências. A herança contratualista é bem marcada em suas obras e seus textos se remetem à organização de contratos sociais que sejam verdadeiramente capazes de representar valores universais.
Uma de suas preocupações é aproximar a ciência do "senso comum" com vista a ampliar o acesso ao conhecimento. Por isso, é acusado por alguns sociólogos ortodoxos de integrar o campo dos que capitularam a uma espécie de demagogia sociológica, como Jacques Rancière, Luc Boltanski e outros. Como afirma em Um discurso sobre as ciências, a ciência pós-moderna deve voltar-se ao senso comum e inclusive tornar-se senso comum - decorrente dessa afirmação as divergências dos diferentes cientistas. Defensor da ideia de que movimentos sociais e cívicos fortes são essenciais ao controle democrático da sociedade e ao estabelecimento de formas de democracia participativa, foi inspirador e sócio fundador em 1996 da Associação Cívica Pro Urbe (Coimbra).
Sua trajetória recente é marcada pela proximidade com os movimentos organizadores e participantes do Fórum Social Mundial e pela participação na coordenação de uma obra coletiva de pesquisa denominada "Reinventar a Emancipação Social: Para Novos Manifestos".
Fonte: Site da UFV
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